Tumbas que já foram vidas
Restos que já dançaram tango
Comeram frutas da estação
Mulheres que já existiram grávidas
Mausoléus que já foram deuses
Vozes que ecoaram em púlpitos
Obrigaram ditaduras
Homens que já seguiram vieses
Sepulcros que já foram fantasmas
Segredos que nunca amaram
Cortaram pulsos, línguas
Corpos que já foram almas
Ana Oliveira