segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

El poema llamado carne

No me mandes besos
Mándame sellos
Para que te devuelva cartas
Sucias, com aroma de pele
Arañada, escupida

No me mandes besos
Pero cabellos arrancados
Comidos por las uñas
Y dientes tatuados en el cuerpo
Sin ninguma censura

No me mandes besos
Ordenes al deseo
Que haga las valijas
Y sumerja en el poema
Que libre, llamase carne

Mar Rubina

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Tempo para jogar dentro


Quero jogar tudo fora
O tempo, a roupa
A louca liberdade
De ser só um
E ainda mais livre
Ao virar dois
Quero ter menos
Jeito de ventania
Para ser brisa
Ao teu lado
Que é colo e canção
Que a solidão
Jogue tudo fora
Só para depois
Catar cada pedaço
Colar em cada abraço
O segredo do teu riso
Que também é meu
E que depois emudece
Porque o beijo cala
E a carne exala o silêncio
Da nossa febre em festa
Quero jogar tudo fora
Pra viver dentro de você


Ana Oliveira